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sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

IV Campos Metal Fest

                                    A Mad Tea-Party


   Quem se lembra do célebre texto de Dickens em "Um Conto de Duas Cidades" que entre outros, citava "...foi o melhor dos tempos, foi o pior dos tempos;...". Pois bem, essa noite de 19 de janeiro , em Campos do Jordão plasmou a primeira frase enquanto eu vivia os dias da segunda metade.  

                   Mas essas são lagrimas para outra postagem.
                   Em meio ao caos, eu tive o privilégio de estar ao lado de minha alma nesse festival que talvez, e só talvez, tenha tirado alguns centímetros de altura de algumas montanhas ao redor do local da gig.  
                   Minha filha já tivera sua primeira experiencia , mas era um fest aberto.                                               Não sabíamos como seria a reação dentro do espaço confinado regado a brutal, death, grind , thrash e afins.
                    Mas por sua  reação relaxada na entrada do local, em meio aquela famosa concentração de espera, eu previ que seria , no minimo, uma noite para esquecermos o mundo lá fora e simplesmente curtir.
                    E foi isso o que aconteceu.


                                        Relaxando antes de distribuir pedradas, bandas e bangers se misturaram enquanto os portões não abriam.




                  O inicio de um livro empolgante é sempre recheado de uma arritmia gostosa no peito, geralmente sem se importar em saber como de fato a obra irá terminar. 

                   Sabe qual é a sensação de olhar para seu filho e imaginar que se não fosse seu, você adoraria que fosse, ou gostaria de que seu filho fosse assim? Já teve essa sensação?
                  Ter a dádiva de sentir essa sensação foi o que de melhor aconteceu durante o "IV Campos Metal Fest". Me sentir o pai que olha aquela pessoinha nova que acaba de conhecer.Quase o mesmo sentimento da primeira visão através do vidro do berçário. Conhece-la de novo. Olhos arregalados para um mundo novo, cheio de cores, luzes e sons. Muito som.
                  Olhos arregalados, queixo caído e expressão de surpresa enquanto o cérebro se esforça em , entre a razão e a empolgação , colocar uma definição em português para tudo aquilo que a rodeia. 
                 Depois de tanto tempo, tempo esse recheado de desventuras, problemas, fins de mês e mês que vêm, lutas , decepções, pequenas vitorias, duras derrotas, sabores e dissabores, tivemos, por algumas horas, um futuro esquecido e  um passado apagado. Só havia o "ali". O "agora". O "esse momento".
                 Lembranças e anseios, por algumas horas se tornaram pura e tão somente o "hoje".
                A própria paternidade se amoleceu durante esse tempo, dando espaço para dois rockers trocando impressões e opiniões sobre música, acústica ambiente,sobre os que nos cercavam , tamanhos e higiene dos banheiros, altura do palco, camisetas, alargadores, botas,cabelos, piercings, enfim, bangers de diferentes idades descrevendo o redor dentro de suas concepções, elevando a paternidade para outro nível. Sem tabus. Sem preconceitos. Sem o velho "Eu falo, você escuta" , "comporte-se" ou "fora da mesa."
                  Era só um cara e uma guria que se conheciam a muito tempo. tempo esse que teima em tirar o brilho que um sempre viu no outro.
                  Nesse dia soubemos que um ombro acordaria dolorido e um velho e cansado baço estaria relocado por um cotovelo dentro da "roda". E rimos disso, para valorizar ainda mais a dor.
                  O ritual iria terminar cedo ou tarde.
                  Mas a certeza das reprises mentais por toda uma vida, nem ao menos nos deu espaço para um melancólico "gostinho de quero mais", porque essa noite iria durar para sempre e ninguém poderá se apossar ou tira-la de nós.
                  Nesse dia toda historia do metal, se metamorfoseou em um rolê de pai e filha.
                  Um só.

 
Talvez um dia eu me orgulhe menos desta guria... mas eu duvido.
Foto: Joe Barbara


Eis que são abertos os portais que nos levariam ao incrível mundo sonoro da pancadaria , fraturas filosóficas desopilações elétricas e de entrada , percebemos que nosso tão esperado mosh juntos, pai-e-filha style, tinha sido adiado por motivos de força maior.

Foto: Maria


      Se não de força maior, mais alta com certeza.

Foto: Maria

                     Não tinhamos visto nada de antemão, então deixamos pra conhecer a força da marreta somente na hora do impacto. Nós já conheciamos a Morfolk e eu já tinha visto a Manger Cadavre no Union Fest em São José dos Campos. Entao o score era de 2 bandas pra mim e 1 pra ela. De resto entramos nessa sem colete.

                      A primeira banda a se apresentar foi a Dymon´s , mineiros de Cachoeira de Minas, entraram com a pequena massa a frente ainda fria e não se preocuparam com o amanhã. Desfilaram trabalho, garra, peso, uma pitada de groove sem que se perdesse a velocidade da batida em prol do ritmo.
                       Thrash metal , que se não bastasse a competência da execução, tem o algo mais que me arrebenta o pescoço: letras em português !!!! 
                     Tem influencias de muita coisa boa do thrash e a cara do Dymon´s. Filhos inteligentes em uma boa escola. Só podia terminar em bate cabeça facil !!!! Ao perceber que Maria já se sentia à vontade no inicio da segunda musica para comentar sobre o som ( seu enfoque ficou nos riffs e bases e a inexistência de solos intermináveis e incompreensíveis o que pra ela é fundamental.) deixei-me levar pelo que ouvia e vi que estávamos em boas mãos !!! Set list seco, contato com publico 10 e cheio de opiniões ( nada do velho e simplista "Vcs querem rock?" daqueles que tem medo de  expressar opiniões e desagradar algum fã, saca?)
                       E fica meu obrigado pelo carinho com a minha alma,  a quem sem o menor estrelismo, aceitaram posar na foto abaixo demonstrando carinho e respeito com os novos fãs !!!
                      Trabalho impecável ao vivo, com ainda mais peso que em estúdio, mas sem abrir mão da qualidade do som. 

      Foto: Maria



Pedro Silva, Cesar Pereira, Maria, Eder Lelis e Mário Machado
Foto:
Iris Mota
Wesite: dymons.com.br/
Facebook: facebook.com/pages/Dymons



                       Depois da matança sonora do Dymon´s entrou o Chaos Synopsis. E ai , vale a máxima desse Farol. falo do que quero e quando quero. E a segunda banda realmente não me deu muito para que eu queira falar sobre. De antemão adianto que nem eu nem minha filha não achamos a banda ruim. Mas não nos impressionou. E sendo dono dessa bagaça aqui, dou um salto quântico, pulando essa banda que pouco ou nada alterou , na minha concepção o resultado da gig.
                         Mas vale ressaltar que durante a execução da mesma houveram baixas como um joelho de uma amiga que nem estava no bolão, a perna da mesa de merchan da Mmorfolk ( que também não participava do bolão, alias não participava de nada !), o a perna de minha filha na ida e ombro na volta e meu baço que encontrou nova morada dentro de minhas vísceras!!! enfim , o bom e velho cicle pit fazendo suas costumeiras vitimas !!!


                          Finalizado a contagem de ossos e assegurando que tudo o que estivesse intacto permanecesse intacto, nos posicionamos para aguardar os inícios do trabalho da Manger Cadavre. Abrindo com uma instrumental, me vi ao lado de uma adolescente já ansiosa em saber quais eram as armas que a guria da banda tinha para descarregar. 
                          Eu a vi logo apos alguns segundos da segunda musica de olhos arregaladaços. De queixo caído. De face estupefata enquanto balbuciava " É play back !!! Só pode ser play back !!!!" Os vocais que lembravam a ultima chamada para o Juízo Final a fizeram não tirar os olhos na guria que vociferava insultos ao sistema e que , ao ser magicamente despossuída entre uma musica e outra, falava com o publico com irreconhecível meiguice. Tinha um quê de "Who , the fuck, are Angela Gossow?????".
                          E a Manger Cadavre ainda tinha um baixista com sonhos suicidas que saltava num mezanino nada propicio ao esporte!!! Um batera rasteiro , veloz, com vasto repertorio de passagens ligeiras , necessárias pra acompanhar um guitarrista realmente veloz mas com serenidade budista. Tem crossover dentro de um cesto cheio de um grind esquizofrênico com nome de crust. O som é perfeito para aquela festa punk com a moçada. E é desse jeito que a banda se comporta. Eles nos permitem participar da festa deles. Uma banda que se diverte tocando não dá para ficar de fora de nenhum evento que queira ser levado a sério. 
Nada pode pagar isso.

                          E mais um obrigado pessoal pelo incrível bate papo pós show , onde , além de aceitarem posar para uma foto com minha guria, plantaram a sementinha do "Do it yourself!" nela. Ela viu uma turma se divertindo lá no palco e essa é a melhor das influencias que ela vai levar quando resolver subir em um também !!!

Foto:Maria

    Marcelo Kruszynsk, Jonas Godói,  Maria , Nata de Lima e Marcelo Augusto
   Foto: Iris Mota

Website:MangerCadavre.blogspot.com

Reverbnationreverbnation.com/mangercadavre

Facebookfacebook.com/mangercadavre

       
                       O bate papo com a Manger Cadavre só animou mais um dos momentos mais bacanas da noite. A muito eu e Maria falavamos sobre a Morfolk e sobre como seria em "World Wide War" o primeiro mosh ( ou stage dive como queiram) da historia dela. E seria duplo. Pai e filha juntos.  Mas como citado no inicio do post, esse sonho ficou pra outro gig, por motivo de forças maiores. kkkkkk  Pensa num palco alto. Demais para uma primeira vez. E pra ultima também.


                       A Morfolk sempre irá impressionar antigos fãs assim como novos expectadores devido o profissionalismo . Não só no Vale do Paraíba. Em 2013 foram vários os passeios pelo estado de São Paulo, assim como bem sucedidos em apresentação em Minas Gerais. Desde a primeira metade dos 90 já é sabido da correria da banda.
                        Mas o que temos disponível hoje, principalmente ao vivo, é um Morfolk concentrado, afiado, cúmplices de uma apresentação forte, intensa, priorizando o contato com a platéia e a qualidade das composições. É death metal ! E o é com maestria. Mas com mudanças , passagens, riffs, solos sincronizados enfim, o velho death ainda melhor. Mais rápido. Mais brutal. Mais trabalhado. O Morfolk que até o Morfolk tinha medo de ser.
                        As chances da Morfolk ficar presa ao cenário do Vale do Paraíba vão aos poucos se esgotando. Dois caras com uma escola death fortíssima, um vocalista versátil que passeia bem por entre as escolas das duas ultimas aquisições às fileiras da banda que são um guitarrista com forte influencia do thrash metal e um batera que passeia pelo grincore. Diferentes ( nem tanto , eu sei) vertentes que não criaram cisão e sim coesão. O trabalho apresentado, principalmente ao vivo, será em muito pouco tempo necessário para suprir as necessidades metálicas em muitos outros lugares, o que será ótimo ao cenário local pois muitos olhos se voltarão para região e a janela aberta será portal para os competentes e seguros de seu som.
                           Enquanto se preparavam para os acordes da ultima pedrada e agradeciam aos realizadores do projeto, ainda encontraram tempo para agradecer minha guria ao vivo , ao passo que a mesma enrubescia de olhos mareados, por timidez talvez, mas um pouco por saber que trilhava o bom caminho. Ouvir o nome de minha filha no meio de um show de uma banda desse cacife foi uma realização quase egoísta, mas também com um sentimento de passagem de tocha.
OBRIGADO A TODOS DA MORFOLK PELO CARINHO COM ESSA QUE É MINHA FORÇA MOTRIZ. 


Foto: Maria

Walter Pitucha, Reinaldo Tio, Daniel Sanches, Gabriel Grisolia, Maria e Ryan Roskowinski
Website:myspace.com/morfolk
Facebook:facebook.com/Morfolk


                 E, nas palavras do Chicó de Suassuna :" ...só sei que foi assim !"
                Terminava uma das mais perfeitas noites de minha historias. Derrotas e vitorias ficaram sem razão ao ver minha filha sendo citada em agradecimento em plena apresentação. A tocha não poderia ter sido passada de forma mais bela e honrosa. não sei quais serão os passos dela no futuro. Não sei se elá verá, a partir de agora, as minhas historias como algo legal, com aqueles olhos de fascínio e atenção milimétrica a cada palavra. Graças a vocês da Dymon´s, Manger Cadavre, Morfolk e os carinhas que acertaram o ombro dela, agora ela tem já suas próprias historias, suas próprias impressões e conclusões. 
                 Vocês escreveram um capitulo maravilhoso num livro que ainda tem milhares de paginas em branco, e que terão esse capitulo sempre como um norte para as paginas que se seguirão.

                  Uma noite para sempre.

Joe "The Unabomber " Barbara


sábado, 27 de junho de 2009

Os lamentos do Rei de Copas.


(clique para
ampliar)

A fraqueza parece querer me consumir numa onda de auto flagelo sem antecedentes,
em minha mente.
Talvez por isso parece doer muito mais além do que meu corpo pode suportar.
Mas isso vai além.
Eu já senti essa dor outrora.
Então meu corpo a conhece .

Conhece suas nuances.

Não deveria doer tanto .
Não deveria nem ao menos doer.
Mas parece uma dor nova.
Uma marca nova.
Um novo corte.
Numa pele velha e já calejada.
Cicatrizando em chamas .
Parece que até a cura judia do doente.
Como uma injeção desnecessária.
Um remédio amargo.
Fel .
Ácido.
E cruél.

O dono de todas as curas parece não passar mais.
Parece-me andar para trás.
Andar para a direção dos dias saudáveis de ontem.
Um dia bom.
Quente.
No inverno.
Que vem mostrar ao frio que seus dias não podem durar para sempre.

O sempre que não existe mais.
A vida que mudara de rumo.
Contra a minha vontade .
Contra a minha maré.

O medo da sede.
O medo dá sede.
E isso da medo aos nervos.
O controle nas mãos do sádico infante.
Cuja direta traz a lente .
Aproveitando o morno do sol para incendiar o inseto.

Que no sol do inverno parece padecer .
Na etenidade das horas de dor.
Minutos infinitos.
Segundos perpétuos.

Mas sem queimar até seu fim.

Só sofrendo as dores .
Angustias calmas e sem pressa.
De deixar a pele.
De deixar de existir na pele.
Sem deixar de se sentir na alma.
O calor brando do sol.
No inverno.
Sob a lente.
Ampliando a angústia do que sofre ...
...para a alegria do que assiste.
O pequeno infante ...
...de lupa na mão.

Vejo em mim um sorriso .
Como maldição .
As lagrimas vem e vão,
quase lisergiando a dor,
por saber que minhas púrulas
lhe trazem satisfação.

Sorria sempre...
...e tenha uma excelente madrugada....

domingo, 8 de março de 2009

Espiando o coelho pela fechadura, me vi assim...




Entrego somente meus ossos e na hora pré determinada pelo destino que eu quiser.
No paradoxo me alimento,
mas não sou livre.
Já presenciou um dia de lugar que era não-lugar?
Já se pegou imginando?
Já imaginou?
Imaginar a si.
Me vi uma vez. Mentira.
Já vi algumas...
Me vi mais de uma vez.
Estar sozinho...
Nunca é estar realmente.
Nunca estivemos realmente.
Aqui.
Mesmo que esse não-lugar seja o aqui.
Sempre imaginei onde ficaria o aqui.
Mas não foi o suficiente para encontra-lo.

As vezes dá medo.
As vezes não dá tempo.
Imaginar.
Hoje já não é mais simples.
Para mim.
Simplesmente imaginar.
Já não dá mais tempo.

Ouvi, assim como ela, o coelho.
Mas...
...é realmente tarde?
Eu também tenho pressa à beça...
Mas me perco com sutileza.
É facil.
Dói.
O imaginar.
Ou imaginar que dói?
Vou me sentar aqui um pouco.
...e esperar.
Espero não incomodar.

Mas esperar sem paciência é possivel?
Disseram que tudo é possivel.
Mas não disseram o que é o tudo.
O tudo...
Fica escondido em nada para que ninguém o possua plenamente.

Joe Barbara

domingo, 28 de dezembro de 2008

Meu Nemesis

(clique para ampliar)

Eis que sempre vetoriei culpas ...
A personagem acima nasceu (toscamente) em 89 ,só voltando a ser novamente grafitada em 91 ou 92, não me recordo ao certo.
A priori tinha uma certa semelhança, meio amalgamada, de John Lennon-Cheech Martin-Frank Zappa com um pé nos roteiros do Angeli. Sobrou somente a semelhança com Lennon (os belos bigodes de Martin e Zappa, nunca vieram) e dos roteiros tirei as pretensões devido à limitações deste que aqui escreve.
Funciona, pra mim, como um arauto de minhas insatisfações-frustações decorrentes de anos de objetivos não alcançados ou pouco almejados.Um porta-voz de angustias cômicas, quase sempre irreais, mas com um carater sério .
Às vezes até demais.
Incrédulo do mundo a sua volta, alheio ao seu pequeno universo, tem sempre uma atitude inanimada e inutil. Fiel em sua filosofia nihil (confundida,inadvertidamente, com descaso algumas vezes,e em outras com toda a razão), tem sempre à mão uma resposta que, muito raramente, quer dizer alguma coisa com relação com a pergunta. Pergunta, coisa que ,diga-se de passagem, ele tem uma infinidade.Acredito eu que ele não tenha interesse nas respostas.
Bem, certa curiosidade é inegável que tenha.O correto seria dizer que ele não tem é pressa de encontra-las, o que, acredito eu, seja um certo medo de decepção caso elas não sejam satisfatórias.
O que o torna um cara bem comum. Quem gosta de meias respostas?
Ele plasmava, ao menos no papel ,o adulto que eu gostaria de ser.
Então, seria inevitavel uma consideração sobre o escrito acima.Alguns objetivos foram sim alcançados.
O cabelo comprido, a jaqueta , o oculos escuro, o jeans e o certo carinho masoquista pela solidão em convívio com a sociedade.
Mas também tem a misantropia. Ai a coisa toda fica séria.
Como de fato ficou.
Nosso círculo de amizades é quase que idêntico. Limitadíssimo.
Poucos e bons.Alguns velhos.
Inegavelmente, nesse quesito, eu o supero.Mas por uma porcentagem tão pequena que seria levado como "empate técnico".
Já tomou "muitas" e outras tantas. Bebeu tabém.Hoje um aflito aficionado por café e o maldito cigarro. Alias, maldito café.
Um sem número de defeitos numa única tira. Mas são tantos os defeitos que algumas qualidades são desconhecidas até mesmo por mim.
Jerkill e Hyde sem que nenhum dos dois saiba quem é quem.
Feito sempre por uma esferográfica preta em qualquer papel ( menos em guardanapos.Nunca entendi como Niemeyer conseguia tal feito) e nunca com um roteiro pré-definido.Ele sempre veio, dizia o que queria ( ou não dizia nada ) e ia embora.
Atualmente é forjado num Tablet, tendo uma caneta propria como mouse ( em relação ao mouse, eu prefiro arriscar no guardanapo) mas aparentemente seu formato digital criou uma expectativa grande de minha parte, o que, somada com a falta de tempo, o deixa mais tempo dentro do meu cérebro do que eu gostaria.
Esquizofrênias à parte, fiquem à vontade para dar qualquer opinião ou sugestão.Adoramos ouvir o que pensam de nós.Mesmo que se lixando pra isso, ashuashushuahsuahsah...
Brincadeira...

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Demonios internos na ponta de uma Bic preta.

3 anos após ter saido de uma instituição de saúde mental, propus-me voltar à caneta.
Até hoje sinto que a liberdade de expressão pessoal que possuia se perdeu em alguma sinapse obscura dentro de minha cabeça.
Parecia tão facil desenhar ou escrever nos anos de ativa...Tudo fluía com uma espantosa e saborosa facilidade...
Sobrou-me uma pesada auto-crítica , que manipula e censura, e uma derrocada intelectual vertiginosa.
Hoje pensar dói e o traço machuca quando não atende a expectativa da inspiração, essa uma dama que nos dias de hoje pouco, ou quase nunca, vem me visitar.
Tudo mudou muito, exceto minha aversão a mudanças.
Novo...
Parafraseando a srta. Mary...
Um estranho Mundo...

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Cem Sextas Feiras !

Não são os dias que contam.
Somos nós que somos contados por eles.
Nunca importa quem.
Somos sempre contados.
Nem sempre coitados.
Sempre tem "dias que..."
Mas pouco
ou quase nada importa.
Mas a quem importa essa conta.
A "Eles".
Ou contam por contar.
Só pra saber se estamos aqui.
Ou ai.
Vai se saber.
( Joe "Unabomber"Barbara)

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Marcelo Nova e Raul Seixas-A Panela do Diabo

"Trecho de mim mesmo"ou "Biografia Não Autorizada, mas muito bem feita"



Um tapa sutil e sacana na massa encefálica.Dois marginais sendo seguidos por um terceiro.Foi como me senti ao ouvir esse disco em meio a fúria do "SEXO, DROGAS E ROCK´N´ROLL".Trindade por mim levadas até as últimas consequências.Nada sei sobre a catastrofe que se abateu sobre Sodoma e Gomorra e muito pouco sobre o Cartel de Medellin, mas bastou-me uma fitinha k7 de uns australianos para que esses casos tivessem um melhor sentido sob meu ponto de vista. Não recomendo o desenfreado nem o desmedido. Fui um dos poucos que sairam ,entre os mortos e feridos, mais ou menos ileso.Ao ouvir esse disco me descobri mortal, mas nem por isso parei de enfrentar o guichê ,nem para a "passagem" ou mesmo o "ticket to ride".Entre "BadTrips", mulheres, JackDanniel´s, Lucy em seu céu de diamantes e eu em meu inferno na terra.Só 3 coisas me traziam a "realidade":

"To live is to die"

"The End"

"A Panela do Diabo"

Em sua parte do óstraco foi lembrado por um filósofo sem escrúpulos, que,no formato de vinil,veio a ser uma de minhas maiores influências.Para o bem.E para o mal.Quando Raul diz"...jamais me revelarei!..." reconheço eu mesmo perguntando pra mim sobre segredos somente sussurados nas horas do sono.

Quase não sobrou ninguém para perguntar sobre aqueles dias e sobre o que aconteceu,e nem ao menos sei se isso é realmente importante .Lembro de me orgulhar por ter vivido vários deles. Alguns outros nem tanto.Sem contar os incontáveis que não me lembro.

Entre donzelas e putas, garrafas e agulhas, o céu e o inferno se encontravam com tanta frequência que já não se sabia mais quem era o quê.

Tudo era rápido, mas nunca indolor.

Dedicado aos que não chegaram.E aos que chegaram ...

Bem, a eles ,ter chego, deve ser o suficiente.

...and ,this is Rock´N´Roll...

...this is the Real one!


quarta-feira, 17 de setembro de 2008

This is Rock´N´Roll ,Baby !



Na sadia década de oitenta, quando a liberdade de expressão recém adquirida reinava a todo vapor,alguns de nós não sabiam o que fazer com ela.Esse grupo sulista resolveu estrupa-la.Decadência moral? Perversão? Falta de noção?
Precursores do PornoBilly (se tiver menos de 30,pode estranhar a vontade) pais e mães colocavam seus castigos em dia quando as célebres e garimpadíssimas fitas K7 eram executadas em stéreos mais conservadores.
Tínhamos as muitas das opções roqueiras/metallicas conhecidas pelo público geral,mas quando uma doidera dessas invadia a praia(esses, também invasores) da mídia aberta era um alvoroço.
É claro que,ouvindo somente Napalm Death,muito de nós repudiávamos esse tipo de cara.Mas meu joelho esquerdo e meu tio Pacheco me dizem que são horas de deixarmos para trás falsos conceitos que norteavam nossos dias de pega-pega com os carecas.
Continuo sujo e agressivo.Mas, mais relaxado.
Era Sarney. Era Collor . Era do Plano Cruzado .Era de novelas.Bem, era uma porção de coisas.Eles disseram na cara da Angelica,na extinta TV Manchete,que queriam come-la.Sobrava coragem.Faltava juizo.
Minhas contas a pagar não dizem nada sobre o gosto dos 80.E ,bem se alguém gostar poderia comentar algo que lhe veio a cabeça durante a audição desse ao vivo.Preferi o ao vivo para postar primeiro porque ,pra quem não conhece, já fica mais preparado para o que realmente é o som e a intençãodos caras.
Rock´N´Roll bem executado,( é mais limpo e trabalhado nos de estudio,que dependendo da aceitação eu mando pra cá) e que fica evidente certos flertes com o punk oitentista com letras de forte teor sexista. Aliás, sexista, talvez seja a única temática da banda.Mas sexo é bom e todo mundo gosta.
Mas, isso era só o Rock´N´Roll !
E nós gostamos disso. E como!(mas não a Angelica)

domingo, 29 de junho de 2008

Nem o Apocalipse previu!

Nem sempre tivemos tudo tão à mão como nos dias de hoje.Nem sempre tivemos dias como os de hoje.Chegamos mesmo a achar que nem o hoje tinhamos mais.O nossos "hoje"éram tão intessamente vivídos que parecia não haver o amanhã.
Chega a ser cult nos dias atuais falar,ou até mesmo ir a shows ,que mostram um pouco da cultura oitentista.Nós que lá estivémos vemos graça em boa parte do acervo de musica,progrmas de TV,roupas,cabelos,acessórios,etc...
Mal acreditamos que usávamos ou assistiámos tais coisas.Havia tanto a dizer e,tanto porta-voz.
Não creio que tenhamos entendido direito a mensagem,nem tenho tanta certeza de que ela tenha sido devidamente repassada,mas nos divertimos muito tentando até hoje adivinhar o que eles queriam dizer com "Choveu no meu chip"ou
em quem teve a ideia sobre a moda do ROSA-CHOQUE e o VERDE-PERERECA.Isso sem falar nos nada saudosos MULLETS...Mas ao meos ouvir uma F.M. não era tão ruim quanto hoje,embora não tinhamos certeza de que esse tal de amanhã,que é o hoje,chegaria.Ou algo desse tipo!

Para pensar sobre...


Para se inconformar sobre...


Para emitir sinais de alerta...


Pra olhar para o espelho...


Por uma chance melhor no mercado de trabalho...


E pra quem acha que a tal de Natasha é alguma coisa a mais, essa era "A" garota!


Até mesmo sexo entre pessoas do mesmo estado...



Mas o "Bão" mesmo eram os love songs...


A garota que influênciou essa música,até hoje não tem idéia que essa música é sobre ela!






Virginie era uma das mais gatas...


E, conforme a memória for me liberando,eu vou postando outras coisinhas que eram vinculadas sem medição de esforços por emissoras de T.V. e radio!
Desculpem eu ter nascido.Não fiz por mal!
M.N.

domingo, 22 de junho de 2008

Uma declaração de amor!

O texto final dessa música tem sido minha declaração de amor a minha esposa durante 11 anos!

Mylady Elspeth,nos vemos de noite!

sábado, 21 de junho de 2008

Behind the Walls

Esse desenho, feito por mim no paint, estava em outra pasta, mas dia diferente.
O trabalho de vigilante noturno de 12 horas dá um certo tempo vago.Penso ter aproveitado!




O Vigilante Insône!

Achei esse texto num arquivo perdido dentro de uma pasta nos confins do computador do meu trabalho. Escrito às 04:45 da madrugada de algum dia obscuro de 2006, quando eu ainda era um vigilante noturno.

"Nunca perdemos tanto tempo com banalidades como nos dias de hoje.Tanto tempo assim que perderíamos outros tantos pensando no que poderíamos ter feito com tanto tempo gasto ,sem que nada de realmente útil fosse feito .
É como estar numa espécie de coma intelecto-artistico-espiritual.
E o que mais me incomoda é estar no leito ao lado do seu. Parece-me patético escrever coisas assim, pois me sinto como a criança doente que sabe que sua mãe tem algo que pode lhe curar ,mas que fica indignado,até mesmo magoado,com o gosto amargo do remédio.Magoa saber que tão querida pessoa possa nos dar tanto dissabor com generosa afetuosidade em estima às nossas melhoras. O mesmo ocorre com a cinta ou as palmadas. Jamais tiveram a intenção de violência,sempre visaram a educação e a correção de caráter.
A grande enfermaria em que nos encontramos parece-me mais real a cada dia,e o chato é que nunca achamos o botão de emergência que chama a enfermeira .As horas mais dificeis dessa "internação" são sempre passadas sozinho.Mas sempre em companhia de nosso arqui-inimigo :o travesseiro. Quem de nós consegue se deitar sobre ele sem que nenhuma assombração venha atormentar logo nos colocamos em posição de pessoas de bem, desfrutando o merecido descanço.
As vezes penso que só dormimos,porque Nosso Ser Supremo (seja ele quem for, ou, qem voce acredita ser) com compaixão de toda a beleza de sua criação, quis dar ao menos um tempo durante a noite (o dia no meu caso) para que o planeta tivesse pelo menos alguns nano-segundos de paz. É divinamente impossível que alguém ou algo nos suporte todas as 24 horas do dia. Divinamente sim,já que humamente temos quase por obrigação de, ao menos, ser condecendentes com outros da mesma espécie.
E temos tão pouco tempo aqui que, é possível que levemos centilhões de anos para que tenhamos uma verdadeira convivência fraterna, já que"fomos feito no mesmo molde", salvo nossas atuais diferenças."

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Boa noite a todos!!!

A idéia inicial é:

Não tenho uma idéia inicial!

Então , é possivel que venha a guardar aqui uma receita de Leite de Soja que um amigo me deu (ainda não fiz Ruptured, mas estou tomando providências).Mesmo assim continuo sem idéia do que fazer com esse espaço, mas peguei pois quem nunca tem espaço ocupa um quando pode!Conto com a animada torcida de minha esposa, filha, cães e gatas pra fazer desse lugar o que quizer, muito embora eu não tenho a mínima idéia do que fazer com ele.Queria faze-lo desde o ano novo mas ,enfim... De lá pra cá nenhuma idéia decente apareceu então eu abri esse dito espaço só pra ver se me atinava pra alguma coisa...,e nada! Pensei, por alguns instantes em tentar psicografar algo do Bill Gates mas, além de eu não entender nada de html, descobri que o dito ainda não morreu! Bem, acho que esse espaço esta pra ser um dos mais inúteis pra qualquer que seja o infeliz navegante que aqui aportar,mas... Entre musica, politica, livros, religião, vídeos, teste de sobrevivência nos esgotos da Antuérpia e claro minha opinião a respeito de quase nada de relevante, estarão figurando por aqui por algum tempo e por algum motivo.
Portanto não esperem nada que eu não espero vocês,ha ha ha!