segunda-feira, 7 de setembro de 2009

7 de Setembro

Saiba mais clicando na imagem acima.







Reconheço o sem número de discrepâncias a respeito desta data e os fatos que a cercam.
Eu disse fatos?
Bem, o que realmente eu gostaria de dizer é que ao menosprezarmos essa data, olhemos primeiramente em volta por alguns segundos para obter a certeza que nenhum octogenário esteja por perto correndo o risco de ser magoado .
Sempre vi essa data como uma forma de salva guardar a memoria já deteriorada e amarelada em fotos e nos frames de antigas filmagens em meio ao caos da guerra esperançosos em jamais se depararem com a inevitável presença da temida "Lurdinha".
Pela pátria ou pelas promessas de um futuro garantido, eles levaram a bandeira, lembrada nas Copas do Mundo e desprezada durante os 4 anos que separam essa competição.
E junto dessa flâmula, levavam esperança a irmãos estrangeiros mostrando ao mundo que fronteiras serviam apenas para criar traços culturais diferentes para que pudéssemos, sempre que distantes de nossa casa, encontrarmos nossos iguais em suas mais complexas e diversificadas diferenças.
Sou um pacifista.
A guerra não me entusiasma.
Mas deitaria todos os dias hipócrita se não tivesse feito a constatação do brio guerreiro de nossos
saudosos pracinhas.
Um feriado a eles não é merecido.
Mas fazer dia útil em nossos livros.
Aos 20.573 que rumaram para Itália.
Aos que tombaram além-mar.
Aos que tombaram na Pátria Amada.
E principalmente aos que tombaram no ostracismo de nossa cultura de TV aos domingos, afogados em macarronadas e declínio do respeito-próprio feminino em canções vazias em seus duplos sentidos engraçadinhos frente a auditórios repletos de macacos falantes.


Canção do Expedicionário

Você sabe de onde eu venho?
Venho do morro, do Engenho,
Das selvas, dos cafezais,
Da boa terra do coco,
Da choupana onde um é pouco,
Dois é bom, três é demais,


Venho das praias sedosas,
Das montanhas alterosas,
Dos pampas, do seringal,
Das margens crespas dos rios,
Dos verdes mares bravios
Da minha terra natal.

Por mais terras que eu percorra,
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá;
Sem que leve por divisa
Esse "V" que simboliza
A vitória que virá:


Nossa vitória final,
Que é a mira do meu fuzil,
A ração do meu bornal,
A água do meu cantil,
As asas do meu ideal,
A glória do meu Brasil.

Eu venho da minha terra,
Da casa branca da serra
E do luar do meu sertão;
Venho da minha Maria
Cujo nome principia
Na palma da minha mão,


Braços mornos de Moema,
Lábios de mel de Iracema
Estendidos para mim.
Ó minha terra querida
Da Senhora Aparecida
E do Senhor do Bonfim!

Por mais terras que eu percorra,
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá;
Sem que leve por divisa
Esse "V" que simboliza
A vitória que virá:


Nossa vitória final,
Que é a mira do meu fuzil,
A ração do meu bornal,
A água do meu cantil,
As asas do meu ideal,
A glória do meu Brasil.
.

Você sabe de onde eu venho?
E de uma Pátria que eu tenho
No bojo do meu violão;
Que de viver em meu peito
Foi até tomando jeito
De um enorme coração.


Deixei lá atrás meu terreiro,
Meu limão, meu limoeiro,
Meu pé de jacarandá,
Minha casa pequenina
Lá no alto da colina,
Onde canta o sabiá.

Por mais terras que eu percorra,
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá;
Sem que leve por divisa
Esse "V" que simboliza
A vitória que virá:


Nossa vitória final,
Que é a mira do meu fuzil,
A ração do meu bornal,
A água do meu cantil,
As asas do meu ideal,
A glória do meu Brasil.

Venho do além desse monte
Que ainda azula o horizonte,
Onde o nosso amor nasceu;
Do rancho que tinha ao lado
Um coqueiro que, coitado,
De saudade já morreu.


Venho do verde mais belo,
Do mais dourado amarelo,
Do azul mais cheio de luz,
Cheio de estrelas prateadas
Que se ajoelham deslumbradas,
Fazendo o sinal da Cruz!

Por mais terras que eu percorra,
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá;
Sem que leve por divisa
Esse "V" que simboliza
A vitória que virá:


Nossa vitória final,
Que é a mira do meu fuzil,
A ração do meu bornal,
A água do meu cantil,
As asas do meu ideal,
A glória do meu Brasil.
.