A fraqueza parece querer me consumir numa onda de auto flagelo sem antecedentes,
em minha mente.
Talvez por isso parece doer muito mais além do que meu corpo pode suportar.
Mas isso vai além.
Eu já senti essa dor outrora.
Então meu corpo a conhece .
Conhece suas nuances.
Não deveria doer tanto .
Não deveria nem ao menos doer.
Mas parece uma dor nova.
Uma marca nova.
Um novo corte.
Numa pele velha e já calejada.
Cicatrizando em chamas .
Parece que até a cura judia do doente.
Como uma injeção desnecessária.
Um remédio amargo.
Fel .
Ácido.
E cruél.
O dono de todas as curas parece não passar mais.
Parece-me andar para trás.
Andar para a direção dos dias saudáveis de ontem.
Um dia bom.
Quente.
No inverno.
Que vem mostrar ao frio que seus dias não podem durar para sempre.
O sempre que não existe mais.
A vida que mudara de rumo.
Contra a minha vontade .
Contra a minha maré.
O medo da sede.
O medo dá sede.
E isso da medo aos nervos.
O controle nas mãos do sádico infante.
Cuja direta traz a lente .
Aproveitando o morno do sol para incendiar o inseto.
Que no sol do inverno parece padecer .
Na etenidade das horas de dor.
Minutos infinitos.
Segundos perpétuos.
Mas sem queimar até seu fim.
Só sofrendo as dores .
Angustias calmas e sem pressa.
De deixar a pele.
De deixar de existir na pele.
Sem deixar de se sentir na alma.
O calor brando do sol.
No inverno.
Sob a lente.
Ampliando a angústia do que sofre ...
...para a alegria do que assiste.
O pequeno infante ...
...de lupa na mão.
Vejo em mim um sorriso .
Como maldição .
As lagrimas vem e vão,
quase lisergiando a dor,
por saber que minhas púrulas
lhe trazem satisfação.
Sorria sempre...
...e tenha uma excelente madrugada....
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sábado, 27 de junho de 2009
terça-feira, 5 de maio de 2009
Cartunismas Humanistas-Pacifistas,Uni-vos!
Há algum tempo uma grande amiga , que participa da Marcha Mundial Pela Paz e a Não Violência , me perguntou se eu não gostaria de desenhar algo relacionado com a Marcha.
Minha primeira sensação foi de medo. Sabe aquela angustiazinha de " num consigo"? Pois é.
Acredito que em nenhum momento falei com convicção: "Mãos à obra!"
Mas plugei o tablet e esperei as bençãos de Alan Moore, John Byrne,Frank Miller , Will Eisner, Moebius, Bill Sienkiewicz, John ou Sal Buscema e até mesmo Maurício de Souza pairassem por alguns instantes sobre minhas humildes mãos.
Sei que nenhum deles nem passou por perto.
Ficou a responsabilidade para que eu mesmo o fizesse.
E assim começou meu primeiro trabalho feito por encomenda.
Após um copiar-colar da logomarca da Marcha, e ainda inseguro, comecei a brincar com o Paint (isso mesmo, não riam!). Inverte e distorce, arrisquei alguns rabiscos por cima e achei ter encontrado uma posição ideal.
Esse skate insistia em ficar tacanho que gostei do modo como ficou ,sob o pé esquerdo, com mais movimento do que na mão.

A hora exata do :"É isso!"
Ai começa a tristeza de encontrar uma arte final definitiva.
42 !
Daqui para frente tem inicio a procrastinação advinda do medo de errar. Uma vontade doida de salvar em alguma pasta obscura dentro do PC e torcer para que ninguém veja.
Insegurança era a palavra de ordem.

Não me recordo ao certo qual foi o tempo de execução ,mas a semente foi plantada em 11 de março desse ano. Parei por varias vezes e por um sem-número de motivos.
O mais bacana para mim foi que, mesmo entre os espaços que foram dados entre um esboço e outro a ideia inicial se manteve quese intacta, o que me fez pensar sobre como estava o mais fiel possível do que eu queria fazer quando dos primeiros riscos. Estou tremendo ainda , mas gostei muito do produto final. Reconheço meu amadorismo, mas me senti bem ao termina-lo e ao entrega-lo.
Me sinto bem postando ele aqui.
Então acredito que eu tenha mesmo razão.Talvez tenha ficado bom mesmo.
E ,como eu diria ao terminar algum desenho aos 11 ou 12 anos:
"Ficou MASSA, cara!"
Ei-lo:
Minha primeira sensação foi de medo. Sabe aquela angustiazinha de " num consigo"? Pois é.
Acredito que em nenhum momento falei com convicção: "Mãos à obra!"
Mas plugei o tablet e esperei as bençãos de Alan Moore, John Byrne,Frank Miller , Will Eisner, Moebius, Bill Sienkiewicz, John ou Sal Buscema e até mesmo Maurício de Souza pairassem por alguns instantes sobre minhas humildes mãos.
Sei que nenhum deles nem passou por perto.
Ficou a responsabilidade para que eu mesmo o fizesse.
E assim começou meu primeiro trabalho feito por encomenda.



A hora exata do :"É isso!"



Insegurança era a palavra de ordem.



Me sinto bem postando ele aqui.
Então acredito que eu tenha mesmo razão.Talvez tenha ficado bom mesmo.
E ,como eu diria ao terminar algum desenho aos 11 ou 12 anos:
"Ficou MASSA, cara!"
Ei-lo:

domingo, 8 de março de 2009
Espiando o coelho pela fechadura, me vi assim...

Entrego somente meus ossos e na hora pré determinada pelo destino que eu quiser.
No paradoxo me alimento,
mas não sou livre.
Já presenciou um dia de lugar que era não-lugar?
Já se pegou imginando?
Já imaginou?
Imaginar a si.
Me vi uma vez. Mentira.
Já vi algumas...
Me vi mais de uma vez.
Estar sozinho...
Nunca é estar realmente.
Nunca estivemos realmente.
Aqui.
Mesmo que esse não-lugar seja o aqui.
Sempre imaginei onde ficaria o aqui.
Mas não foi o suficiente para encontra-lo.
As vezes dá medo.
As vezes não dá tempo.
Imaginar.
Hoje já não é mais simples.
Para mim.
Simplesmente imaginar.
Já não dá mais tempo.
Ouvi, assim como ela, o coelho.
Mas...
...é realmente tarde?
Eu também tenho pressa à beça...
Mas me perco com sutileza.
É facil.
Dói.
O imaginar.
Ou imaginar que dói?
Vou me sentar aqui um pouco.
...e esperar.
Espero não incomodar.
Mas esperar sem paciência é possivel?
Disseram que tudo é possivel.
Mas não disseram o que é o tudo.
O tudo...
Fica escondido em nada para que ninguém o possua plenamente.
Joe Barbara
domingo, 28 de dezembro de 2008
Meu Nemesis

Eis que sempre vetoriei culpas ...
A personagem acima nasceu (toscamente) em 89 ,só voltando a ser novamente grafitada em 91 ou 92, não me recordo ao certo.
A priori tinha uma certa semelhança, meio amalgamada, de John Lennon-Cheech Martin-Frank Zappa com um pé nos roteiros do Angeli. Sobrou somente a semelhança com Lennon (os belos bigodes de Martin e Zappa, nunca vieram) e dos roteiros tirei as pretensões devido à limitações deste que aqui escreve.
Funciona, pra mim, como um arauto de minhas insatisfações-frustações decorrentes de anos de objetivos não alcançados ou pouco almejados.Um porta-voz de angustias cômicas, quase sempre irreais, mas com um carater sério .
Às vezes até demais.
Incrédulo do mundo a sua volta, alheio ao seu pequeno universo, tem sempre uma atitude inanimada e inutil. Fiel em sua filosofia nihil (confundida,inadvertidamente, com descaso algumas vezes,e em outras com toda a razão), tem sempre à mão uma resposta que, muito raramente, quer dizer alguma coisa com relação com a pergunta. Pergunta, coisa que ,diga-se de passagem, ele tem uma infinidade.Acredito eu que ele não tenha interesse nas respostas.
Bem, certa curiosidade é inegável que tenha.O correto seria dizer que ele não tem é pressa de encontra-las, o que, acredito eu, seja um certo medo de decepção caso elas não sejam satisfatórias.
O que o torna um cara bem comum. Quem gosta de meias respostas?
Ele plasmava, ao menos no papel ,o adulto que eu gostaria de ser.
Então, seria inevitavel uma consideração sobre o escrito acima.Alguns objetivos foram sim alcançados.
O cabelo comprido, a jaqueta , o oculos escuro, o jeans e o certo carinho masoquista pela solidão em convívio com a sociedade.
Mas também tem a misantropia. Ai a coisa toda fica séria.
Como de fato ficou.
Nosso círculo de amizades é quase que idêntico. Limitadíssimo.
Poucos e bons.Alguns velhos.
Inegavelmente, nesse quesito, eu o supero.Mas por uma porcentagem tão pequena que seria levado como "empate técnico".
Já tomou "muitas" e outras tantas. Bebeu tabém.Hoje um aflito aficionado por café e o maldito cigarro. Alias, maldito café.
Um sem número de defeitos numa única tira. Mas são tantos os defeitos que algumas qualidades são desconhecidas até mesmo por mim.
Jerkill e Hyde sem que nenhum dos dois saiba quem é quem.
Feito sempre por uma esferográfica preta em qualquer papel ( menos em guardanapos.Nunca entendi como Niemeyer conseguia tal feito) e nunca com um roteiro pré-definido.Ele sempre veio, dizia o que queria ( ou não dizia nada ) e ia embora.
Atualmente é forjado num Tablet, tendo uma caneta propria como mouse ( em relação ao mouse, eu prefiro arriscar no guardanapo) mas aparentemente seu formato digital criou uma expectativa grande de minha parte, o que, somada com a falta de tempo, o deixa mais tempo dentro do meu cérebro do que eu gostaria.
Esquizofrênias à parte, fiquem à vontade para dar qualquer opinião ou sugestão.Adoramos ouvir o que pensam de nós.Mesmo que se lixando pra isso, ashuashushuahsuahsah...
Brincadeira...
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Demonios internos na ponta de uma Bic preta.

Até hoje sinto que a liberdade de expressão pessoal que possuia se perdeu em alguma sinapse obscura dentro de minha cabeça.
Parecia tão facil desenhar ou escrever nos anos de ativa...Tudo fluía com uma espantosa e saborosa facilidade...
Sobrou-me uma pesada auto-crítica , que manipula e censura, e uma derrocada intelectual vertiginosa.
Hoje pensar dói e o traço machuca quando não atende a expectativa da inspiração, essa uma dama que nos dias de hoje pouco, ou quase nunca, vem me visitar.
Tudo mudou muito, exceto minha aversão a mudanças.
Novo...
Parafraseando a srta. Mary...
Um estranho Mundo...
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Cem Sextas Feiras !

Somos nós que somos contados por eles.
Nunca importa quem.
Somos sempre contados.
Nem sempre coitados.
Sempre tem "dias que..."
Mas pouco
ou quase nada importa.
Mas a quem importa essa conta.
A "Eles".
Ou contam por contar.
Só pra saber se estamos aqui.
Ou ai.
Vai se saber.
( Joe "Unabomber"Barbara)
sábado, 21 de junho de 2008
Behind the Walls
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