domingo, 28 de dezembro de 2008

Meu Nemesis

(clique para ampliar)

Eis que sempre vetoriei culpas ...
A personagem acima nasceu (toscamente) em 89 ,só voltando a ser novamente grafitada em 91 ou 92, não me recordo ao certo.
A priori tinha uma certa semelhança, meio amalgamada, de John Lennon-Cheech Martin-Frank Zappa com um pé nos roteiros do Angeli. Sobrou somente a semelhança com Lennon (os belos bigodes de Martin e Zappa, nunca vieram) e dos roteiros tirei as pretensões devido à limitações deste que aqui escreve.
Funciona, pra mim, como um arauto de minhas insatisfações-frustações decorrentes de anos de objetivos não alcançados ou pouco almejados.Um porta-voz de angustias cômicas, quase sempre irreais, mas com um carater sério .
Às vezes até demais.
Incrédulo do mundo a sua volta, alheio ao seu pequeno universo, tem sempre uma atitude inanimada e inutil. Fiel em sua filosofia nihil (confundida,inadvertidamente, com descaso algumas vezes,e em outras com toda a razão), tem sempre à mão uma resposta que, muito raramente, quer dizer alguma coisa com relação com a pergunta. Pergunta, coisa que ,diga-se de passagem, ele tem uma infinidade.Acredito eu que ele não tenha interesse nas respostas.
Bem, certa curiosidade é inegável que tenha.O correto seria dizer que ele não tem é pressa de encontra-las, o que, acredito eu, seja um certo medo de decepção caso elas não sejam satisfatórias.
O que o torna um cara bem comum. Quem gosta de meias respostas?
Ele plasmava, ao menos no papel ,o adulto que eu gostaria de ser.
Então, seria inevitavel uma consideração sobre o escrito acima.Alguns objetivos foram sim alcançados.
O cabelo comprido, a jaqueta , o oculos escuro, o jeans e o certo carinho masoquista pela solidão em convívio com a sociedade.
Mas também tem a misantropia. Ai a coisa toda fica séria.
Como de fato ficou.
Nosso círculo de amizades é quase que idêntico. Limitadíssimo.
Poucos e bons.Alguns velhos.
Inegavelmente, nesse quesito, eu o supero.Mas por uma porcentagem tão pequena que seria levado como "empate técnico".
Já tomou "muitas" e outras tantas. Bebeu tabém.Hoje um aflito aficionado por café e o maldito cigarro. Alias, maldito café.
Um sem número de defeitos numa única tira. Mas são tantos os defeitos que algumas qualidades são desconhecidas até mesmo por mim.
Jerkill e Hyde sem que nenhum dos dois saiba quem é quem.
Feito sempre por uma esferográfica preta em qualquer papel ( menos em guardanapos.Nunca entendi como Niemeyer conseguia tal feito) e nunca com um roteiro pré-definido.Ele sempre veio, dizia o que queria ( ou não dizia nada ) e ia embora.
Atualmente é forjado num Tablet, tendo uma caneta propria como mouse ( em relação ao mouse, eu prefiro arriscar no guardanapo) mas aparentemente seu formato digital criou uma expectativa grande de minha parte, o que, somada com a falta de tempo, o deixa mais tempo dentro do meu cérebro do que eu gostaria.
Esquizofrênias à parte, fiquem à vontade para dar qualquer opinião ou sugestão.Adoramos ouvir o que pensam de nós.Mesmo que se lixando pra isso, ashuashushuahsuahsah...
Brincadeira...

3 comentários:

Hellraiser disse...

Saudações, Joe.
Quando eu tinha meus 3 anos eu tinha certeza: eu seria desenhista. Meus pais também compartilhavam dessa "previsão" já que me viam, impotentes, desenhando pelas paredes da casa. Quando comecei a ler e escrever substituí os "atentados gráficos" pelas "redações-de-tema-livre", prescritas pela professora Nazareth. Tudo ia bem até que me deparei com os famigerados "ditados", palavras escolhidas à dedo pra me conscientizar da minha pequenês gramatical e do meu mínimo domínio do idioma de Camões. Subverti esse estágio quando passei a escrever como eu falava, mais ou menos como hoje fazem os ciber-lexicomaníacos dos MSN´s e chats da vida. Quanto mais minhas idéias se tornavam complexas e aprimoravam meu pensamento, mais as pessoas se incomodavam por eu escrever "né" ao invés de "não é". Percebi que eu estava na contra-mão. Não que isso me incomodasse, mas eu podia acabar "ferindo" alguém (no caso meus pais que passaram horas em conversas com Orientadores Educacionais e Fonoaudólogas).
Na adolescência eu quis ser rockstar, daqueles que jogam o telefone pela janela, põem fogo no quarto do hotel e dão entrevista coletiva no dia seguinte (e não pagam nada!). Deixei o cabelo crescer e ganhei meu primeiro baixo-de-quatro-cordas, numa decisão mais "logística" do que "de talento". Hoje, talvez eu seja tudo isso: rabisco paredes de vez em quando, escrevo e apago o que eu quero com a ajuda da Microsoft e, de quebra, aporrinho meus vizinhos com pífios arremedos de "Guns of Brixton" (The Clash) "NIB" (Black Sabbath)e "Louge Act" (Nirvana).

Personagem ou não, esse sou eu, projetado em papel, cadernos ou "comments" como esse.

À propósito: posso apostar que nas costas dessa jaqueta preta descansa um singelo "Snaggletooth", do Motörhead!

GANJACORE disse...

O Ganjacoreblog indicou o Um Farol ao Prêmio Dardos.

http://ganjacoreblog.blogspot.com/2009/03/premio-dardos.html

Anônimo disse...

Cada vez que leio algo escrito por ti o admiro mais!